Cadamí em filme: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"

Está aí um clássico do cinema: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, um filme francês de 2001.

Na última quinta-feira falamos aqui no blog da tendência do vermelho para o inverno de 2013. O vermelho é realmente uma cor clássica, quase mágica, que brinca com o imaginário da gente. E pensando nessa cor eu me lembrei do filme, que tinha assistido há muito tempo atrás. E fiquei com vontade de revê-lo, anos depois, com um olhar diferente. 

A surpresa maior foi perceber que esse filme tem muito mais vermelho do que eu me lembrava! As cenas são lindíssimas, e a fotografia feita com o maior zelo, pois quase todas as cenas tem algo de vermelho: a começar pela casa dela, a cozinha, o batom... mas não só. São tantos detalhes: uma pessoa carregando uma sacola vermelha, um guarda-chuva vermelho, um legume vermelho na banca do quitandeiro.

É certo que Amelie não é nenhum ícone fashion, a não ser pelo comprimento mídi de suas saias, que são tendência para primavera/verão de 2014. Mas o filme é muito mais do que isso... se trata da beleza francesa, simples, delicada, quase natural. Você quase pode sentir o cheiro...

Para quem nunca assistiu, vale a pena. Para quem já assistiu, mas há muito tempo atrás, é legal rever. Eu achei o filme gratuitamente na internet. Basta digitar no Santo Google: "assistir on line" junto com o título do filme que aparecem vários links. #ficadica.

A Amelie Poulain é uma garota introvertida, que teve uma infância diferente das outras crianças: como seus pais acreditavam que ela tinha uma doença, não a deixaram ir para a escola e a privaram de contato social. Seus pais eram bem esquisitinhos também: neuróticos e bem pouco carinhosos. 

Só que num dado momento do filme, mais precisamente no dia da morte da Lady Di, ela encontra um antigo "tesouro" e decide procurar o dono. Isso muda toda a perspectiva de Amelie. De repente ela começa a querer consertar o mundo e ajudar as pessoas a serem mais felizes - e ela faz umas vingancinhas também.

E com seu jeitinho meigo e curioso, acaba vivendo uma história de amor.

Falando assim, pode parecer simples demais. Mas a complexidade está exatamente aí: durante o filme a gente consegue ver através dos grandes olhos redondos de Amelie um pouco de cada um de nós, e do mundo imaginário que criamos dentro de nós para conseguirmos enfrentar as dificuldades da vida.

Vemos uma França muito delicada, com lojinhas, cafés, bicicletas, praças e vizinhos de encher os olhos e bem bons para fazer sonhar. Conhecemos personagens tão simples e tão interessantes. 

Amelie Polain gosta de curtir os pequenos prazeres da vida, como enfiar a mão em um saco de feijão (#quemnunca?) ou jogar pedras no rio. Ela também gosta de quebrar a crosta do creme brule com a colher... hummm... que delícia que é isso, não?

Com a trilha sonora toda francesa de fundo, ficamos repletos de sentimentos puros, de vontade de prestar mais atenção aos pequenos momentos da vida, de querer ajudar mais os outros a serem felizes, de viver a vida de uma forma mais simples, de se jogar num grande amor e mais, de USAR MAIS VERMELHO PARA ENCHER O CORAÇÃO DE MÁGICA!

Que tal uma sessão de cinema neste sábado?

Lu Figueiredo